Elis Regina, digo, Belchior, estavam certos em cantar que ainda somos os mesmo e vivemos como os nosso pais. Aliás, nem nossos pais, nossos avos, bisavôs, tetravôs, até chegar antes de Adão e Eva, eles nunca mudaram.
Falo isso porque fiquei muito intrigado ao ler um texto no blog do Renato Nalini¹, onde o nobre autor, Corregedor Geral da Justiça do Estado de São Paulo, expõe quatro frases que ouvimos direto, nossos pais falam, os jornais publicam, os conservadores conclamam aos quatro ventos: A juventude está perdida; não respeita os pais, não respeita ninguém etc.
No entanto, ao se deparar com as quatro frases pensamos que elas foram extraídas ontem, mês passado. Ledo engano. A primeira frase que diz: “A nossa juventude adora o luxo, é mal-educada, despreza a autoridade e não tem o menor respeito pelos mais velhos. Os nossos filhos hoje são verdadeiros tiranos. Eles não se levantam quando uma pessoa idosa entra, respondem aos pais e são simplesmente maus.” Essa máxima é datada de 470-399 a.C. e foi dita por Sócrates. Uma outra frase que é permeada pela falta de esperança na juventude e lança adjetivos de que o jovem é mal e preguiçoso é data de 4000 a. C. e fora encontrado em um vazo de argila que foi encontrado nas ruínas da Babilônia.
Desse modo, nossa juventude nunca mudou e isso já se vão mais de quatro mil anos antes de Cristo, isso se não encontrar algo mais antigo a respeito de nossas rebeldias. A conclusão que se tem é de que a natureza dos jovens é transgressão, a rebeldia, a paixão, a inconsequência. E não se pode perder isso, porque vem dando certo, ora, estamos no século 21 e continuamos tendo jovens e nos multiplicando sobre a terra, algo de bom nisso tudo tem!
Kleyton Rodrigues de Sousa.